TJ determina transferência de Beto Richa e mulher do Complexo Médico-Penal para unidade da PM, em Curitiba
12 de setembro de 2018
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou a transferência do ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB, e da mulher e ex-secretária estadual Fernanda Richa do Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região de Curitiba, para o Regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba.
As transferências foram determinadas por volta das 20h30 desta terça-feira (11) pelo desembargador Laertes Ferreira Gomes, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
A transferência ocorreu por volta das 22h, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp).
As prisões de Beto e Fernanda, determinadas pela 13ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, são temporárias – válidas por cinco dias. Eles foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Beto foi alvo de duas operações: uma realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso, e outra da Polícia Federal (PF), na 53ª fase da Lava Jato, na qual a casa dele passou por busca e apreensão.
O MP-PR considera que o ex-governador é chefe de uma organização criminosa que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção de estradas rurais, em 2011. Conforme a promotoria, Richa fazia lavagem de valores ilícitos com apoio da mulher.
As decisões de transferência foram proferidas após pedido de habeas corpus das defesas, protocolados ainda na tarde desta terça.
Em ambos despachos, o desembargador deixou de apreciar o pedido liminar de soltura e determinou que sejam prestadas informações detalhadas sobre a situação processual de Beto e Fernanda no prazo máximo de 48 horas.