Grupo de ciclistas ocupa esquina para protestar contra o fim da Calçada Verde
27 de fevereiro de 2018
Um grupo de ciclistas ocupou na manhã desta segunda-feira (26) o espaço que era de uma Calcada Verde na esquina da Alameda Cabral com a Rua Dr. Carlos de Carvalho, no Centro de Curitiba. O protesto por tempo indeterminado é contra a extinção do projeto implantado em 2016 pelo ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), que estendia o passeio para o asfalto com o objetivo de aumentar a segurança de pedestres e incentivar o deslocamento a pé pelo centro da cidade.
Mas a gestão do atual prefeito, Rafael Greca (PMN), deu fim ao projeto. Após retirar os cones de proteção em 2017, semana passada a prefeitura retirou a tinta verde que cobria o asfalto das cinco esquinas onde estavam as Calçadas Verdes: Alameda Cabral com Carlos de Carvalh; Cândido Lopes com Ébano Pereira; Cândido Lopes com Avenida Marechal Floriano Peixoto; Inácio Lustosa com Mateus Leme; e Inácio Lustosa com Avenida Cândido de Abreu.
A manifestação que começou nesta segunda é liderada por ciclistas do grupo Cicloiguaçu. Eles levaram para o cruzamento bicicletas, plantas e cartazes criticando a decisão do prefeito Rafael Greca. De acordo com os manifestantes, a extinção das Calçadas Verdes sequer foi debatida com a população. Já a prefeitura alega que a medida cria insegurança aos pedestres por estarem na pista de rolamento, no mesmo nível dos veículos.
“Acho que estava dando certo. O pouco tempo que em que estamos aqui com os cones já vieram pessoas usando a Calçada Verde novamente”, avalia Henrique Jakobi, 28 anos, um dos integrantes do Cicloiguacu que participa do protesto.
Apoio
Muitos motoristas que passaram pelo cruzamento realmente buzinavam em apoio ao protesto. Muitos pedestres também se manifestaram a favor. “A gente não entende por que a prefeitura faz as coisas assim, sem perguntar para quem usa. A retirada está errada porque a Calçada Verde era algo que estava sendo eficiente. Me parece arbitrário”, opina a técnica de enfermagem Adriana Correa, 48 anos.
Lucas Castro , 28 anos, que trabalha em uma loja bem na frente da antiga área de segurança, dize que a área protegida por cones e com o chão pintado de verde funcionava e era muito usada por pedestres, já que é um cruzamento de trânsito intenso. “Quando ainda tinha os cones os carros respeitavam e não passavam na área verde. Era seguro. Agora acho que vai piorar a travessia, porque é bastante carro”, avalia.