Greve dos Correios tem adesão de 70% dos funcionários no Paraná

21 de setembro de 2017

Funcionários dos Correios entraram em greve ​na noite de terça-feira (19) em todo o país. São 108 mil funcionários, sendo 6,5 mil somente no Paraná. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, a adesão no estado é de 70%.

Os Correios informaram nesta quarta-feira (20) que a mobilização não afeta os serviços e que todas as agências estão abertas ao público.

Segundo Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), foram mais de 50 dias de negociação, sem sucesso.

Entre os motivos da greve, estão o fechamento de agências, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.

De acordo com a estatal, a paralisação está concentrada na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã desta quarta mostrou que 93,17% do efetivo total está trabalhando, o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

Ainda de acordo com os Correios, as negociações com os sindicatos que não aderiram à paralisação ainda estão sendo realizadas esta semana.

“Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”, informou em nota.

Polícia acionada

Em Curitiba, de acordo com o sindicato, a direção da empresa acionou a Polícia Militar (PM), que chegou durante a madrugada desta quarta-feira na sede dos Correios, na Rua João Negrão, para impedir que manifestantes dificultassem o acesso dos trabalhadores ao prédio. Não houve tumulto.

Embora os portões continuassem abertos, ainda conforme o sindicato, os trabalhadores não quiseram entrar e permaneceram na frente do prédio em sinal de protesto.

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