Cachorro Grande lança álbum “Clássicos”, composto apenas por sucessos
6 de abril de 2018
Cachorro Grande, capa do álbum “Clássicos” | Foto de Fernando Schlaepfer
A banda comemora 18 anos de carreira com versões inéditas, ao vivo, das músicas que marcaram a história
São Paulo, abril de 2018 – A banda Cachorro Grande, uma das mais icônicas do rock nacional, na estrada há 18 anos, lança o álbum “Clássicos”, o primeiro ao vivo da carreira, composto pelos maiores sucessos. O novo trabalho é uma celebração aos melhores momentos.
Trata-se de uma novidade comemorativa considerada necessária diante da história da banda, marcada por experiências memoráveis: a exemplo, o prêmio VMB 2007, da MTV Brasil, na categoria “Melhor Espetáculo Nacional”; shows de abertura para artistas e bandas mundialmente emblemáticos, como Aerosmith, Oasis, Supergrass, Primal Scream, Iggy Pop e Rolling Stones.
“Este álbum ao vivo era uma das cobranças que nós recebíamos do público desde o início da banda, já que o que apresentamos nos shows é bastante diferente das músicas de estúdio. Nós não reproduzimos o disco em nossas apresentações.”, comenta Beto Bruno, vocalista. “Além disso, trata-se da primeira vez que olhamos ‘para trás’, e contamos a história da banda.
Este álbum é um passeio pelos anos 2000 até agora”, completa.
Além de “Sinceramente”, a primeira música do álbum divulgada, que tem participação de Samuel Rosa, o repertório de “Clássicos” conta com “Você Não Sabe o que Perdeu”, “Debaixo do Meu Chapéu”, “Como Era Bom”, “Dia Perfeito”, “Hey Amigo”, “Deixa Fudê”, entre outros.
A gravação aconteceu durante dois shows em junho de 2017, no Centro Cultural Rio Verde, em São Paulo – cidade que acolheu a banda, e onde está baseada há mais de 15 anos. Na mesma oportunidade, o cineasta premiado Lírio Ferreira, famoso pelos filmes “O Homem que Engarrafava Nuvens”, “Cartola – Música para os Olhos”, e outros, captou cenas para um documentário, sob sua direção, que contará a história da banda, e tem lançamento previsto para 2019.
Já a capa do álbum, idealizada por Beto Bruno, traz referências dos séculos 17 e 18, e é uma releitura cômica da ideia de “tradicional”, “clássico”. O registro foi feito por Fernando Schlaepfer.
Ficha Técnica – álbum “Clássicos”, da Cachorro Grande
Produção: Beto Bruno, Marcelo Gross e Jander Antunes
Mixagem e Masterização: Jander Antunes
Selo: Press Pass
SOBRE A CACHORRO GRANDE
A Cachorro Grande foi formada em 1999, em Porto Alegre, e é atualmente composta por Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Gabriel Azambuja (bateria), Pedro Pelotas (teclados) e Rodolfo Krieger (baixo). Desde o surgimento, os gaúchos se tornaram uma referência da música nacional graças às apresentações explosivas em palcos do Brasil afora, mérito reconhecido com o prêmio de melhor show entregue à Cachorro na cerimônia do VMB da MTV, em 2007.
Calcado em influências que vão de Mutantes a Beatles, Rolling Stones e The Who, o som da banda transita pelo rock clássico, britpop e elementos eletrônicos, que lhe rendeu oito álbuns de estúdio (Cachorro Grande, 2001; As Próximas Horas Serão Muito Boas, de 2004; Pista Livre, de 2005; Todos os Tempos, de 2007; Cinema, de 2009; Baixo Augusta, de 2011; Costa do Marfim, de 2014 e Electromod, de 2016).
O grupo já se apresentou com grandes nomes do rock nacional, como Skank e Marcelo D2, e abriu shows para artistas e bandas mundialmente emblemáticos, como Aerosmith, Oasis, Supergrass e Iggy Pop; e o mais recente episódio: a abertura da apresentação dos Rolling Stones, em março de 2016, no Estádio do Beira Rio.
Em 2018 lançam o álbum “Clássicos”, primeiro ao vivo da carreira, que reúne os principais sucessos, e tem participação especial do cantor Samuel Rosa, do Skank. Foi gravado durante dois shows em junho de 2017, realizados em São Paulo, no Centro Cultural Rio Verde. Os shows também serviram de material para a gravação de um documentário sobre a banda, dirigido por Lírio Ferreira (“O homem que engarrafava nuvens”, “Cartola – música para os olhos” e outros), e que será lançado quando a banda completar 20 anos de carreira, em 2019.
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Paulo Miklos
Leia-se rock.
Cachorro Grande é energia, momento de explosão que pode durar uma vida. Para uma infinidade de coisas que não têm outra maneira de serem ditas, o grito primal, o berro, o urro! Cachorro Grande é liberdade, contestação, inconformismo. É comunhão, cumplicidade! Identificação imediata. Cachorro Grande é um território onde a lei da gravidade não vigora. Onde cada indivíduo se desintegra, desprendido da realidade opressiva dos dias, e se junta à usina de potência nuclear das canções. Cachorro Grande é uma maneira de se colocar no mundo, como vestir, como andar, onde ir.
Escrita na camiseta, pra que o mundo saiba, eu sou Cachorro Grande. Não vou me comportar, não vou com o rebanho. Cachorro Grande é a ovelha negra. Contracultura, abalo nas estruturas, trinca nas gigantescas colunas que sustentam a ganância e a sede insaciável por notoriedade. Cachorro Grande é liberdade! Rompendo as convenções. Contra a dominação, as imposições, a crueldade, a caretice! Cachorro Grande é a fonte da juventude, vampiros, zumbis, anjos caídos, meninos e meninas com guirlandas de margaridas, multidões gritando o mesmo refrão, fazendo tremer o chão dos estados falidos da usura. Cachorro Grande, ácido e corrosivo. Clássico e definitivo. Pronto para ser destroçado pela primeira criança que botar as mãos em uma guitarra outra vez.
Sempre onde estiver escrito Cachorro Grande, leia-se rock.