‘Não foi surpresa’, diz Andreas Kisser sobre veto de músicas em documentário do Sepultura

29 de maio de 2017

Dia 14 de junho estreia nos cinemas brasileiros Sepultura Endurance, o tão aguardado documentário sobre o Sepultura. Porém, a banda foi proibida de usar duas de suas principais músicas no longa, Roots e Attitude, vetadas pelos ex-integrantes Max e Iggor Cavalera, que são co-autores e detém 50% dos diretos das canções. Em exclusiva ao Virgula, Andreas Kisser não se mostrou espantado com a atitude dos irmãos: “Sabendo do nosso histórico, de declarações e ataques via imprensa, a proibição não foi nenhuma surpresa. Eles declinaram em participar do filme. O diretor Otavio Juliano fez várias tentativas e nada”.

Sobre a proibição, o guitarrista continua: “Sabe, eu respeito isso, é direito deles não querer fazer parte. Mas, vetar? O projeto deles sobrevive por causa do Sepultura. A galera vai aos shows deles só para ouvir músicas do Sepultura. Eles fizeram uma turnê por causa do Roots, que tem várias músicas minhas e do Paulo. Daí eles vem com uma atitude dessas? Acho lamentável”. Mesmo indignado, Kisser tem esperança de que as músicas possam ser usadas um dia: “O Otávio vai batalhar perante as leis para apresentar a imagem completa daquilo que ele quer mostrar da história do Sepultura. Isso não tirou o brilho do filme”.

Sepultura Endurance  apresenta a trajetória de 30 anos da banda brasileira que conquistou o mundo inserindo o nome do país no heavy metal mundial, e segundo Kisser, no filme não tem enrolação: “Otávio soube passar muito bem a nossa história de forma bem objetiva e direta, sem aquele negócio de telenovela mexicana sobre nossas mudanças de formação, vocalista, empresário e gravadora”. O músico aproveita para contar como foi o lançamento mundial que rolou na semana passada em Los Angeles: “Todo mundo saiu do cinema com um sorriso na boca, muita gente se emocionou. Sabe, o nome Endurance, que significa resistência, é como se fosse uma marca nossa por sermos resistentes e estarmos sempre prontos para os desafios. Nunca estamos acomodados, em conforto, e o documentário mostra o porque continuamos relevantes até hoje”.

E tem alguma história que ficou de fora e não entrou no documentário? “Ah, tem! Tem tantas coisas que aconteceram com a gente (risos)”, brinca Kisser. “Mas acho que o que precisa ser mostrado está lá. O filme está bem completo. O legal é que ele é interessante para todo o tipo de público, não só para quem é fã de Sepultura e metal. É a trajetória de uma banda que faz qualquer sacrifício, como ficar longe das famílias em turnês, por exemplo, para seguir em frente. Tem roadies, empresários, músicos, amigos, e muita gente que participou da nossa história lá”.

Mas, antes da estreia do documentário o grupo chega a São Paulo neste sábado, 27, para mostrar todo o seu poder de fogo na Audio Club. Será a primeira apresentação da Machine Messiah Tour 2017 na capital paulista. “Acabamos de voltar de uma turnê com o Kreator na Europa e outra com o Testament nos Estados Unidos, tocando todos os dias, então estamos super conectados e com uma química de palco incrível”, conta Kisser, e pontua: “É uma das melhores formações e mais importantes da nossa carreira”.

Sobre as músicas do álbum novo que fazem parte dos setlists, o guitarrista conta como está sendo incrível tocá-las nos shows: “Como o Machine Messiah é um disco mais técnico, com várias partes de guitarra, no ao vivo fazemos uma adaptação aqui e outra ali, para que aquela determinada música possa ser apresentada. Temos tocado umas cinco dele nos shows e usado os samples de violino que existem no álbum. Tudo tem funcionado perfeitamente e o público tem curtido demais”. E finaliza:  “Embora tocamos músicas velhas nos shows, essa é uma fase nova da banda”.

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