Atraso na entrega dos projetores adia inauguração do Cine Passeio

29 de maio de 2018

Uma mudança na previsão de entrega dos equipamentos de projeção das duas novas salas de cinema obrigou a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) a adiar a data de reabertura do Complexo Cine Passeio para o mês de setembro.

No mês de janeiro, a FCC projetava a inauguração na segunda quinzena de maio, “desde que sem contratempos nos procedimentos de licitação da compra dos equipamentos das salas”, como explicava então Beto Lanza, diretor de Ação Cultural da FCC.

Segundo Lanza, porém, a entrega dos projetores das duas salas, que são importados da Europa pela empresa catarinense vencedora da licitação pública, está prevista para meados do próximo mês de julho.“Em meados de julho todos os equipamentos estarão instalados, tudo dentro do prazo previsto no processo de licitação”, explica.

O adiamento mudou o cronograma da abertura das salas e do complexo. Segundo Lanza, a estrutura predial, como os elevadores e poltronas das salas dos novos cines Ritz e Luz já estão instaladas.

Porém com a instalação dos equipamentos de projeção em julho, a FCC vai “treinar o pessoal e fazer eventos-teste durante o mês de agosto. Numa previsão bem próxima da realidade, a inauguração para a população será em setembro”, presume.

Com atraso, a 7ª edição do Festival Olhar de Cinema, o mais importante evento do cinema no estado, não poderá ocorrer no novo complexo de cinema público municipal.

Duas salas, R$ 9,8 milhões

O Cine Passeio terá duas salas de projeção cada uma com 90 poltronas, os cines Ritz e Luz, lembrando o nome dos cinemas de rua fechados, respectivamente, em 2005 e 2009.

No terceiro andar, há um espaço para eventos e um espaço para exibições de cinema ao ar livre, com capacidade para 60 pessoas e vista para o Passeio Público.

O andar subsolo foi batizado de espaço Valêncio Xavier (em homenagem ao escritor, cineasta e criador da Cinemateca de Curitiba) que vai abrigar estúdios, salas de palestras, cursos de formação em cinema e eventos.

O projeto dos arquitetos Mauro Magnabosco e Dóris Teixeira, do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), ainda prevê áreas de convivência, coworking para produtores de cinema, um café temático e espaço para exposições.

As obras de reforma dos 2,6 mil metros quadrados do prédio histórico – construído na década de 1930 – custaram R$ 9,8 milhões. Deste montante R$ 6,3 mi já foram empenhados pelo munícipio para a conclusão das obras de reforma do prédio e mais R$ 2,5 mi estão sendo usados na licitação para compra de equipamentos.

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